segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Antítese perfeita...



Num dia chuvoso, lados opostos se encontram



Lábios mornos, corpos quentes



Se inflamam...



Tudo original e ao mesmo demodê,



Nostálgico como a nostalgia



Se unem dando vida a um romance entre o bem e o mal



Que misturam amor colossal, ódio quase mortal...



O sim se mistura com o não...



O dia termina no ocaso das trevas



E na penumbra da noite as paredes do quarto confessam



Antíteses perfeitas, exatas...






O frio, o calor



A noite clama...



Medo, ousadia



A cama...






O tudo, o nada



O suor flui nos corpos ardentes...



A fidalguia, o populacho



A sedução impudica...






Meiguice, açoite



Harmonia longínqua...



Desabrocha o ciúme ciumento



Nascente da desconfiança confiante,



Se amam, se odeiam.






Nunca foram francos



Tão pouco burlaram o espanto



São sinceros, são belos



Mentem com toda persuasão



Vivem tardes primaveris em noites de verão...



Ela é bela



Ele o rei da quimera



Ela reluta



Ele insiste, o sonho existe



Eles são brilhantes



São opostos, são tortos






Mas são amantes....

Allan Julianelli

Sem comentários: